sexta-feira, 27 de junho de 2008

Grupo da MORTE

Grupo C
Pontos / Saldo de gols
1º Holanda 9/ 8
2º Itália 4 / -2
Romênia 2 / -3
4° França 1 /-5



Raro, extraordinário, excepcional, anormal são os adjetivos cabíveis ao futebol vistoso que essa equipe laranja demonstrou nos gramados suíços. Resultados: 3 a 0 nos atuais campeões do mundo(Itália); 4 a 1 nos atuais vice-campeões (França); e 2 a 0 pra cima da Romênia, mesmo jogando com os reservas.
A scuadra holandesa está entrosada, consequentemente, pratica um futebol envolvente não só para o telespectador, que aproveita para apreciar o bom futebol, como também, envolve os adversários em disputa. E foi o que aconteceu, principalmente, nos jogos contra os finalistas da Copa do Mundo de 2006. Com uma defesa bem postada, um goleiro de alto nível, laterias que apoiam, um meio campo criador e um ataque que decide, em síntese, é assim que a Holanda joga!
Nada mal não é? Não confirmo que a Holanda levantará a taça, mas que se a justiça for feita, os laranjas dos Países Baixos vão repetir o feito de 1988.
ps: Vocês devem reparar na quantidade de "Van" espalhados pelo plantel da scuadra. Pois bem, esse nome representa a região de nascimento do cidadão holandês. Agora vocês podem entender o motivo da quantidade de "Van"... Marco Van Basten (treinador), Ruud van Nistelrooy, Rafael van der Vaart, Robin van Persie, Giovanni van Bronkhorst e Edwin van der Sar.




O que restou para os demais participantes do grupo foi a 2ª colocação e, por consequência, a última passagem para a 2ª fase. Itália, Romênia e França foram derrotadas pela Holanda e de repente se viram num "ringue", disputando a última vaga. O torneio à parte entre as três scuadras teve como característica o nível parelho das equipes. A Itália foi a que se deu melhor,e conquistou esse tão suado segundo lugar, pois empatou por 1 a 1 com os romenos e foi o único a vencer nesse torneio à parte, 2 a0 nos franceses. No jogo entre França e Romênia o resultado não saiu do zero, e, hoje, na minha opinião foi o pior jogo da primeira fase.

Portanto, o grupo C, nomeado como o grupo mais equilibrado da competição não fez jus ao rótulo imposto, ou pelo menos parcialmente, já que dentro dele três scuadras disputaram ponto a ponto uma vaga, mas em contraste do equilíbrio dominante, estavam presentes holandeses dispostos a quebrar esse paradigma criado.

Paulo Heitor

quarta-feira, 25 de junho de 2008

Resumo do que aconteceu no Grupo B

Grupo B

Pontos / Saldo de Gols
1º Croácia 9 / 3
2º Alemanha 6 / 2
3º Áustria 1 / -2
Polônia 1 / -3




A scuadra quadriculada em três partidas, na primeira fase do torneio, venceu todas. Campanha extraordinária dos croatas, mostrando para a Europa e para o mundo a força de seus jogadores qualificados e do bom treinador que tem, o "roqueiro" Bilic.
Coloquei como título da foto "novamente a sensação", porque não é a primeira vez que a scuadra croata aparece bem em campeonatos internacionais. Lembram-se dela na Copa de 1998 na França? Na primeira fase ganharam do Japão, da Jamaica e perderam da forte Argentina. Na segunda fase passaram pela Romênia, pela tradicional Alemanha e, perderam a chance de disputar a final ao serem derrotadas pela anfitriã França. Na disputa do 3º lugar, derrotaram a outra sensação daquela edição, a Holanda. O grande nome da seleção de 98 foi sem dúvida Davor Suker, que ainda consagrou-se artilheiro da competição com 6 gols. Slaven Bilic também estava no elenco, chave importantíssima naquela campanha e agora, ainda mais, como técnico da atual scuadra croata.
Bilic tem a sua disposição jogadores habilidosos como os jovens Modric, que fez o primeiro gol da scuadra no torneio, e o Niko kranjcar; os experientes Niko Kovac, Robert Kovac, Srna, Olic e Klasnic; e ainda o bom goleiro Pletikosa. Todos fazem parte dessa equipe que se mostra entrosada e técnica dentro de campo.
Na primeira fase da Euro-2008 a Croácia bateu com dificuldades a Anfitriã Áustria, depois surpreendeu a Alemanha, a suposta mais forte do grupo, vencendo por 2 a 1. E, por fim, derrotaram por 1 a 0, com o time "b", os polonêses. Uma campanha 100% que enchem de esperanças o jovem país.




A Áustria nessa edição da Uefa Euro 2008 não se classificou. Não venceu nenhuma partida. Não teve um ataque produtivo. Não saiu ganhando nenhuma partida. Então, está certo dizer que a scuadra foi um verdadeiro vexame na competição? Não também! A Áustria foi um exemplo de determinação e de espírito de equipe. O elenco não tem grandes nomes, o único que se destaca é o habilidoso Ivanshitz, o número 10, o jogador que pensa e articula as jogadas da limitada seleção austríaca. A scuadra levou em consideração o 1 ponto conquistado no jogo frente a Polônia, nos últimos minutos. Deu importância também ao fato de que na terceira rodada ainda tinha chances de se classificar. Um orgulho para a torcida, já que os Suíços (outro Anfitrião da Euro) estavam desclassificados quando disputaram a terceira rodada. Saíram satisfeitos por ficarem em 3º na classificação do grupo, por terem feito 1 gol na competição e tomado apenas 3. Assim, a Áustria mostrou que o que importa é a festa, é o lado positivo das coisas, e que o suposto "lado negativo" não deve ser levado tão em conta.
ALEMANHA FICA EM SEGUNDO
A segunda classificada foi a tradicional scuadra Alemã. Antes de começar a Euro ela era considerada a favorita ao título, porém, após a derrota contra os croatas, a Alemanha perdeu a credibilidade e corre por fora atrás do seu quarto título europeu. Na primeira rodada a Alemanha bateu fácilmente os polonêses por 2x0, depois perdeu por 2x1 para os croatas e na ultima rodada, confirmaram a sua presença nas quartas de finais da Euro, ao vencer os austríacos por 1x0, com o gol de falta de Ballack.
Agora a Alemanha enfrentará Portugal na próxima fase, um bom teste para Lehmann; Lahm, Mertesacker, Metzelder e Jansen; Fritz, Frings e Ballack; Podolski, Klose, Mario Gómez e Schweinsteiger.
E a Polônia?
Essa é uma scuadra complicada. Constantemente faz boas boas campanhas em Eliminatórias, como as últimas para a Copa de 2006, quando disputou a 1ª colocação com os ingleses. Também foram bem nas eliminatórias para essa Euro, ficando à frente de Portugal, Sérvia, Finlândia e Bélgica. Mas sempre nas fases FINAIS parece que a scuadra da Polônia vem sentindo a pressão. Nem mesmo o brasileiro Roger e o ótimo atacante Smoralek são motivos para a equipe não dar vexame nas competições. Nessa edição não foi diferente. Derrotas para a equipe "b" da Croácia por 1x0, 2x0 frente a Alemanha e um empate por 1x1 contra a Áustria deixam claro que algo falta nessa scuadra, não é possível!
Paulo Heitor

Resumo do que aconteceu no Grupo A

Durante esse tempo em que estivemos ausentes, sem postar as notícias do universo futebolístico das scuadras, a Eurocopa-2008 continuou correndo solta e emocionando, classificando, derrotando jogadores, técnicos e torcidas. Vamos então começar com a definição do primeiro grupo.

Grupo A
Pontos / SG
1º Portugal 6 / 2
2º Turquia 6 /0
3º Suíça 3 / 0
4º Rep. Tcheca 3 / -2


Neste grupo, os turcos surpreenderam com viradas espetaculares. Após serem derrotados pelos portugueses com imponência, enfrentaram os suíços e venceram por 2 a 1 com um gol no último minuto. Essa vitória reascendeu as esperanças turcas e eles foram com tudo pra cima dos tchecos. Mas novamente começaram jogando mal. Estavam sendo derrotados por 2 a 0 até que Nihat resolveu jogar e a Turquia conquistou uma vitória heróica por 3 a 2, com gols de Arda Turan aos 30 minutos do segundo tempo, e Nihat aos 42 e 44 minutos. Pronto, classificação garantida!
Indo por esse caminho, vamos falar sobre o futebol pífio da República Tcheca, tão adorada pelo comitê da FIFA, que é responsável pelo Ranking das seleções. Parece-me loucura dizer que a República Tcheca é a sexta potência em termos de futebol masculino. A frente da França, Inglaterra, Holanda e Portugal. Mas deixando de lado essa posição inadequada no Ranking, os tchecos sem as estrelas Tomas Rosicky, Karel Poborsky e Pavel Nedved nada incomodaram seus adversários. Após vencerem a partida contra os donos da casa por um magro 1 a 0, foram derrotados em seqüência pelos portugueses (3x1) e pelos turcos (3x2), terminando sua campanha em último lugar do grupo A.




O que falar de Portugal?

Ricardo, Bosingwa, Pepe, Ricardo Carvalho e Paulo Ferreira; João Moutinho, Petit, Deco, Cristiano Ronaldo e Simão; Nuno Gomes e Nani. Isso já diz muita coisa não é? Mas tem ainda um detalhe, o técnico dessa scuadra é aquele gaúcho que levou a seleção brasileira ao Penta em Copas do mundo. Luiz felipe Scolari, esse homem levou prestígio a esse país. De azarão em competições internacionais, Portugal passou a ser um dos favoritos para conquistas devido os resultados que obteve com o técnico brasileiro. Vice-campeão da Euro-2004, 4º lugar na Copa do Mundo de 2006 e agora um franco favorito.
Iniciou sua campanha vencendo a surpresa turca e depois bateram os tchecos. Já classificados optaram por jogar contra os anfitriões com um time "B"( Ricardo [Titular]; Miguel, Pepe [Titular], Bruno Alves e Jorge Ribeiro; Raúl Meireles, Fernando Meira e Miguel Veloso; Quaresma, Nani e Hélder Postiga). Porém, mesmo perdendo o último jogo contra os anfitriões, Portugal passou à próxima fase como líder do grupo A.



Os suíços esperavam, no mínimo, por uma vitória na comepetição, já que após 3 participações em fases finais de Eurocopas, jamais a scuadra trouxe ao seu país 1 vitória se quer. Por isso, mesmo sendo a primeira equipe desclassificada do torneio, a Suíça continuou com determinação com o intuito de atingir seu primeiro objetivo, vencer um jogo. A conquista da vitória aconteceu em jogo disputado na Basiléia, frente a melhor seleção do grupo. Yakin foi o dono da partida, com dois gols(um deles convertendo um pênalti) a seleção suíça venceu o time "B" português e quebrou o "tabu".
É preciso ressaltar a grande perda que a equipe teve no primeiro jogo contra os tchecos. Alexander Frei é o melhor jogador da scuadra, e perder ele na primeira rodada foi fatal. O time ainda contava com grandes peças como o zagueiro forte Senderos; volantes que sabiam sair com a bola como o Fernandes (natural de Cabo Verde) e Inler; atacantes como Streller, que não fez uma boa Euro e Yakin o grande nome da scuadra na competição.
Com as derrotas por 1 a 0 e 2 a1, frente os tchecos e turcos respectivamente, e a vitória pra cima de Portugal por 2 a 0, fizeram com que torcedores e o técnico Jakob Kuhn não saíssem tão desolados da Euro organizada e sediada em seu país.
Paulo Heitor

segunda-feira, 16 de junho de 2008

Cavalo Paraguaio?


Estamos dando um espaço para as Eliminatórias sul-americanas da Copa de Mundo de 2010.

1° Paraguai 13
2° Argentina 10
3° Colômbia 9
4° Brasil 8

5° Venezuela 7

6° Chile 7
7° Uruguai 5
8° Equador 4
9° Peru 3
10° Bolívia 1

Essa é a classificação da eliminatória após 5 rodadas. Restam ainda 13 jogos para que possamos conhecer os quatro classificados à copa e o representante sul-americano à repescagem. Por enquanto, o Paraguai desponta como um dos favoritos para carimbar primeiro seu passaporte para a África do Sul. A scuadra tem 13 pontos, 4 vitórias ( 1x0 no Uruguai, 5x1 no Equador, 3x0 no Chile e 2x0 no Brasil), 1 empate frente aos Peruanos por 0x0, e nenhuma derrota. O ataque marcou 11 vezes e apenas tomou 1 gol. Uma campanha para encher de orgulho o seu povo e surpreender Argentinos e Brasileiros, que ultimamente revezam a liderança das eliminatórias.

Hoje, juntamente com a scuadra de Cabañas, estariam na Copa: Argentina, Colômbia e Brasil.
Os nossos "hermanos" sofreram contra o inconstante Equador. Só conseguiram empatar no último minuto da partida, e assim não passaram vexame. O Equador, mostrou nesse jogo que a oitava colocação é provisória, e que a terceira passagem seguida para uma Copa pode ser almejada.

A Colômbia passa por um momento mais regular e, por consequência, pode conquistar uma vaga após duas edições assistindo pela TV. E o Brasil? Muitos dizem que é o momento da reformulação, e que derrotas serão resultados normais. Mas não estamos vendo a qualidade dos nossos jogadores em campo. O que vemos é um "bando" de moleques que não sabem representar seu país numa competição. Raça e técnica já não fazem mais parte das características da nossa scuadra ultimamente. Apenas é o reflexo de resultados negativos frente a Venezuela e Paraguai. Acorda Dunga!

Venezuela...
Esse ano ela está mais forte.
Após sediar a Copa América e chegar às quartas de final da competição, o país se comoveu com o futebol e agora já faz planos para a África do Sul. Provavelmente, disputará a vaga da repescagem com os Uruguaios, Chilenos e Equatorianos.
Peru e Bolívia ficam de fora. Há algum tempo que esses dois não conseguem fazer frente a mais ninguém. E novamente vão lutar para não ficar com a lanterna.
Paulo Heitor

terça-feira, 10 de junho de 2008

Um David Villa inspirado e uma Grécia sem brilho


Para essa vitória maiúscula é preciso destacar o grande responsável: David Villa. Ele foi o autor de 3 gols, dos 4, que a scuadra marcou contra a Rússia no jogo. Um atacante diferenciado que utiliza sua boa movimentação para se desvencilhar dos marcadores e finalizar com primor.

O confronto trazia uma curiosidade histórica. Em 1960, na primeira edição da Euro, os soviéticos iriam disputar a vaga nas semifinais contra os espanhóis, porém, por motivos políticos, a scuadra espanhola foi impedida de jogar. Assim, com o caminho facilitado, a União Soviética pôde levantar a taça da primeira edição do torneio continental de seleções. Mas o troco veio após quatro anos, quando a competição foi disputada na Espanha. Um confronto entre eles numa final era a grande oportunidade dos anfitriões mostrarem justiça. E foi o que aconteceu. Em 1964, a Espanha se sagrou campeã vencendo os agora chamados "russos" e, curiosamente, esse foi o único título de expressão da scuadra até os dias de hoje.

O jogo em si marcou a força da Fúria Espanhola. Constantemente, a Scuadra vem estreando em competições de uma forma convincente. No mundial de 2002, 3 a 1 pra cima dos eslovenos. Na Euro de 2004, 1 a 0 nos mesmos russos. Na Copa de 2006, um surpreendente 4 a 0 na Ucrânia. Esses resultados fizeram com que a Espanha iniciasse uma campanha sob pressão, já que sempre é considerada uma escola de talentos, mas que não sabem decidir na hora "H".

Futebol vistoso. Essa é a minha definição para retratar a prática dos espanhóis com a bola. Para quem tem dois atacantes como Fernando Torres e David Villa, meias como Xavi, Iniesta, o brasileiro, Marcos Senna e Cesc Fabregas, e na defesa um Puyol, Casillas e Sergio Ramos. Nenhum técnico do mundo teria dor de cabeça em relação à qualidade técnica.

No outro lado, estavam os russos, com um desfalque importante. Pavel Pogrebnyak, a estrela do ataque do Zenit e da seleção. Ficou de fora por motivos de contusão. Restou os talentos do atacante Pavlyuchenko, do meia Zyrianov e do técnico recheado de bons resultados com scuadras, Guus Hiddink. Mas, pelo menos nessa estréia, eles não foram suficientes. A Espanha superou a Grécia com jogadas de movimentação e muita objetividade.



Pelo grupo D, também houve a disputa da Suécia contra a atual campeã européia Grécia. O que se viu no estádio Wals-Siezenheim, em Salzburgo (AUT), foi um jogo desorganizado e limitado tecnicamente. Duas scuadras que provavelmente vão lutar contra a Rússia por uma vaga em 2º do grupo. Mas só isso!

Até os 20 minutos do segundo tempo, o jogo era péssimo. Algumas jogadas de Charisteas e Karagounis, pelo lado grego, e, Ljungberg e Ibrahimovic, pelo lado suéco faziam com que o torcedor não durmisse na arquibancada ou no sofá de casa. O torcedor só acordou quando, em tabela com Henrik Larsson - sim, ele mesmo - Ibahimovic fez o primeiro gol de fora da área da competição. Ele também quebrou um tabu de 3 anos, ou se quiserem, 13 jogos sem marcar gols pela scuadra do seu país. Após os gregos tomarem o gol, incrivelmente o time não foi ao ataque. A scuadra não teve forças para atacar e apenas cadenciava o jogo como se estivesse vencendo a partida. Com certeza, a surpresa da última edição não aprontará nesta competição.
Por fim, numa lambança do goleiro Nikopolidis e de um zagueiro grego, Hansson não disperdiçou a oportunidade e fechou o placar em 2 a 0. O resultado quebrou um jejum suéco de 88 anos sem vencer a scuadra grega.

Fim da 1ª rodada.

Paulo Heitor

segunda-feira, 9 de junho de 2008

Os Opostos: França e Holanda

Com um futebol feio e sem objetividade, os franceses estrearam, na Euro-2008, sem sair de um 0 a 0 sem emoção contra a pesada scuadra da Romênia, e diante desse resultado já olham com ameaça as suas pretensões na competição.Imaginando estar enfrentando a seleção mais fraca do grupo, o técnico francês, Raymond Domenech cometeu a insanidade de "poupar" Thierry Henry, apostando suas fichas no limitado Anelka, que nada produziu.
Com um jogo truncado e sendo disputado no meio de campo, as duas seleções tiveram grandes dificuldades de alcançarem o gol adversário. Tanto que a primeira intervenção, foi do goleiro Lobont, da Romênia, que aos 42 minutos defendeu a finalização do bom atacante francês Benzema (artilheiro do campeonato francês pelo Lyon com 21 gols na última temporada).

No segundo tempo os romenos voltaram a campo com grande disposição e tiveram maior posse de bola durante os dez primeiros minutos, criando oportunidades de até de sair de campo com a vitória, mas a lentidão de Mutu e Daniel Niculae fizeram com que os contra-ataques não fossem aproveitados com sucesso. Além disso, a scuadra romena pecou em não utilizar a jogada aérea, deixando de lado a boa média de altura da equipe. A vontade romena parou por aí, o jogo voltou a ser chato, com a França pouco ligada, parecendo se contentar com o empate. Na intenção de mudar o rumo da partida, Domenech colocou em campo Gomis - em vão - a França continuou insistindo em jogadas pelo lado esquerdo, com um Malouda, pouco criativo e não oferecendo opções para os vices campeões mundiais.


Seguindo o dia, no Grupo C, o grupo da morte, holandeses e italianos estrearam na competição cientes de que uma derrota complicaria muito a seqüência na competição.Com um time jovem, alegre e bem entrosado os holandeses mostraram que vieram à Euro-2008 dispostos a realmente reviver 1988.
Van de Saar, Van Bronckhorst, Sneijder, Van der Vaart, Kuyjt, Nistelrooy e Van Persie deram um show pra cima dos italianos e encheram de expectativa a fanática torcida holandesa, que tomou boa parte das arquibancadas do estádio de Suisse, em Berna. Com um futebol vistoso e envolvente, a Holanda venceu com maestria os atuais campeões do mundo, sem deixá-los ver a cor da bola. A Itália até que tentou, mas o péssimo posicionamento dado por Donadoni à Pirlo fez com que a Azzurra, não tivesse o mesmo rendimento visto há dois anos, no mundial da Alemanha. Jogando atrás de Gattuso e Ambrosini, o cérebro do time campeão do mundo, ficou preso à função de dar saída de bola, dando a Gattuso e Ambrosini (volantes) a responsabilidade de criar jogadas de efeito aos atacantes, algo muito complexo para esses jogadores, que apenas sabem destruir as jogadas adversárias.

Apesar do passeio holandês por 3 a 0 com gols de Nistelrooy, Sneijder e Bronckhorst, ficou claro que os italianos estão sentindo muita falta de seu capitão, Cannavaro, que por motivos de lesão, desfalca a scuadra no início da competição.
Bruno Lima

domingo, 8 de junho de 2008

Croácia supera pressão e Alemanha mostra sua força

Na abertura do Grupo B, os também donos da casa, Austríacos, não queriam ter a mesma estréia que os co-anfitriões suíços tiveram. Porém, foi só a partida começar que o sonho de uma estréia com vitória começou a ter fim. No primeiro ataque da scuadra croata, aos três minutos do primeiro tempo, o ágil atacante Olic foi derrubado por Pegatetz, sofrendo pênalti e dando um banho de água fria em toda torcida Austríaca presente no estádio Ernst Happel, em Viena. Modric, pouco preocupado com a torcida austríaca não desperdiçou a oportunidade e abriu o placar para os Croatas. Com um bom toque de bola, Srna, Olic, Nico Kovac e Modric, davam a impressão de que iriam construir uma grande vitória para a Croácia. Porém, as coisas não foram tão simples como aparentavam, os Austríacos passaram a impor uma pressão no fim do primeiro tempo, levando alguns perigos a Pletikosa. No segundo tempo a pressão foi ainda maior, comandada por seu camisa dez, Ivanschitz, e empurrada pelo apoio da torcida, os Austriacos mandaram no segundo tempo com muita raça e com alguns momentos de qualidade. Mas mesmo mostrando muita vontade, o placar não foi alterado. Os Croatas conseguiram segurar o ímpeto e a torcida austríaca, e saíram de campo com um suado 1 a 0 no placar.


Muito me chamou a atenção à qualidade do meio campo croata, mostrando bom toque de bola e envolvendo bem o adversário. A Croácia, depois da Alemanha é a segunda candidata do grupo a passar para a próxima fase da Euro no grupo B, mas terá que levar a sério os próximos adversários e não se deixar envolver tão fácil na marcação de seus rivais.


Já os Austríacos terão que usar a mesma disposição mostrada no segundo tempo da partida de hoje, nos próximos 180 minutos que restam na fase de grupos, para passar para próxima fase da Euro. A scuadra Austríaca não possui uma equipe talentosa, dependendo muito de Ivanschitz e do apoio de sua torcida. Se jogar com muita raça e contar com algum lance de desequilíbrio de Ivanschitz, os austríacos podem até sonhar com algum avanço na Euro 2008.
Na outra partida do dia, os Alemães mostraram que vieram para Euro 2008, dispostos a conquistar o tetra campeonato europeu. Com uma equipe muito organizada e entrosada, os alemães dominaram a partida contra a Polônia sem dar muitas chances ao adversário. Sob o comando de Ballack os alemães foram envolvendo os poloneses, até que aos 19 minutos, Podolski recebeu um belo passe de Gómes dentro da área e não perdoou, abrindo o placar contra sua antiga pátria, já que Podolski é polonês naturalizado alemão. Após o gol, os poloneses tentaram sair para o ataque e em jogada de linha de fundo, Krzynowek perdeu a chance de igualar o placar. Apesar do susto os alemães, voltaram a dominar o jogo criando as melhores oportunidades de gol. Na intenção de dar melhor toque de bola para a scuadra polonesa, o técnico Beenhakker colocou em campo, o brasileiro naturalizado polonês, Roger, porém sozinho o brasileiro não conseguiu transmitir muito perigo a meta de Lehmann. Disposto a decidir o jogo, o técnico alemão, Joachim Low, colocou em campo o talentoso Schweinsteiger, que junto de Ballack, Podolski, Klose e Gómes voltaram a criar lances perigosos para o goleiro Boruc. E foi através desses jogadores que a scuadra alemã, resolveu o jogo. Depois de saída de bola confusa da zaga polonesa, Schweinsteiger roubou a bola de Golanski e rolou para Klose que ao errar a conclusão, deu um lindo passe para Podolski acertar um belo chute para o fundo das redes do goleiro polonês. Com o jogo decidido os alemães tocaram a bola até o fim do jogo e mostraram a todos que vieram para lutar pelo título de 2008.
Sempre candidata a títulos, os alemães, mostraram nessa estréia que estão com uma equipe mais entrosada e mais organizada da qual foi terceira colocada no mundial de 2006. Ballack e cia, não se preocuparam em momento algum com estrelismo individual e exibiram um time forte e unido na busca de uma boa campanha nessa Euro.
Já os poloneses terão que melhorar muito caso almejem alguma coisa nessa competição além da fase grupos. Com um time de pouca criatividade, foram facilmente dominados, não demonstrando nenhum tipo de reação diante das dificuldades. Os poloneses ainda terão pela frente a boa equipe croata e a disposta seleção Austríaca, que empurrada pela sua torcida, terão que vencer os poloneses a todo custo para sonhar com a próxima fase.
Bruno Lima