terça-feira, 10 de junho de 2008

Um David Villa inspirado e uma Grécia sem brilho


Para essa vitória maiúscula é preciso destacar o grande responsável: David Villa. Ele foi o autor de 3 gols, dos 4, que a scuadra marcou contra a Rússia no jogo. Um atacante diferenciado que utiliza sua boa movimentação para se desvencilhar dos marcadores e finalizar com primor.

O confronto trazia uma curiosidade histórica. Em 1960, na primeira edição da Euro, os soviéticos iriam disputar a vaga nas semifinais contra os espanhóis, porém, por motivos políticos, a scuadra espanhola foi impedida de jogar. Assim, com o caminho facilitado, a União Soviética pôde levantar a taça da primeira edição do torneio continental de seleções. Mas o troco veio após quatro anos, quando a competição foi disputada na Espanha. Um confronto entre eles numa final era a grande oportunidade dos anfitriões mostrarem justiça. E foi o que aconteceu. Em 1964, a Espanha se sagrou campeã vencendo os agora chamados "russos" e, curiosamente, esse foi o único título de expressão da scuadra até os dias de hoje.

O jogo em si marcou a força da Fúria Espanhola. Constantemente, a Scuadra vem estreando em competições de uma forma convincente. No mundial de 2002, 3 a 1 pra cima dos eslovenos. Na Euro de 2004, 1 a 0 nos mesmos russos. Na Copa de 2006, um surpreendente 4 a 0 na Ucrânia. Esses resultados fizeram com que a Espanha iniciasse uma campanha sob pressão, já que sempre é considerada uma escola de talentos, mas que não sabem decidir na hora "H".

Futebol vistoso. Essa é a minha definição para retratar a prática dos espanhóis com a bola. Para quem tem dois atacantes como Fernando Torres e David Villa, meias como Xavi, Iniesta, o brasileiro, Marcos Senna e Cesc Fabregas, e na defesa um Puyol, Casillas e Sergio Ramos. Nenhum técnico do mundo teria dor de cabeça em relação à qualidade técnica.

No outro lado, estavam os russos, com um desfalque importante. Pavel Pogrebnyak, a estrela do ataque do Zenit e da seleção. Ficou de fora por motivos de contusão. Restou os talentos do atacante Pavlyuchenko, do meia Zyrianov e do técnico recheado de bons resultados com scuadras, Guus Hiddink. Mas, pelo menos nessa estréia, eles não foram suficientes. A Espanha superou a Grécia com jogadas de movimentação e muita objetividade.



Pelo grupo D, também houve a disputa da Suécia contra a atual campeã européia Grécia. O que se viu no estádio Wals-Siezenheim, em Salzburgo (AUT), foi um jogo desorganizado e limitado tecnicamente. Duas scuadras que provavelmente vão lutar contra a Rússia por uma vaga em 2º do grupo. Mas só isso!

Até os 20 minutos do segundo tempo, o jogo era péssimo. Algumas jogadas de Charisteas e Karagounis, pelo lado grego, e, Ljungberg e Ibrahimovic, pelo lado suéco faziam com que o torcedor não durmisse na arquibancada ou no sofá de casa. O torcedor só acordou quando, em tabela com Henrik Larsson - sim, ele mesmo - Ibahimovic fez o primeiro gol de fora da área da competição. Ele também quebrou um tabu de 3 anos, ou se quiserem, 13 jogos sem marcar gols pela scuadra do seu país. Após os gregos tomarem o gol, incrivelmente o time não foi ao ataque. A scuadra não teve forças para atacar e apenas cadenciava o jogo como se estivesse vencendo a partida. Com certeza, a surpresa da última edição não aprontará nesta competição.
Por fim, numa lambança do goleiro Nikopolidis e de um zagueiro grego, Hansson não disperdiçou a oportunidade e fechou o placar em 2 a 0. O resultado quebrou um jejum suéco de 88 anos sem vencer a scuadra grega.

Fim da 1ª rodada.

Paulo Heitor

3 comentários:

Anônimo disse...

Caro Paulo,

Tenho que discordar de vc, pra mim a Suécia será a grande surpresa desta Eurocopa, eles possuem na minha opinião um dos melhores goleiros do mundo senão o melhor do mundo que é o Isaksson, e é uma escola que tem por tradição uma defesa forte, e isso pode contar muito em jogos decisivos.
Quanto á Espanha, ja era de se esperar um resultado desse, mais que não vai perdurar por muito tempo não, não vai longe.
Na minha opinião as provaveis postulantes ao Titulo são na ordem: Rep.Tcheca, Alemanha, Suécia e França.
Sendo que a Suécia será a grande surpresa desta Euro-2008.

Anônimo disse...

A Grécia é muito ruim para fazer frente a essas grandes seleções da europa, talvez se ela fizesse que nem a Austrália e fosse para a Ásia fosse melhor.
Já a Espanha começa bem e acaba como sempre

Natasha Guerrize disse...

República Tcheca eliminada. Não me surpreendeu, porque mantém os mesmos jogadores de 2004 como o Koller, Baros, Cech (que, apesar de tudo, é um grande goleiro) mas não adianta, não tem um time reserva.
Fico feliz pela classificação da Turquia! :)
Acredito também que a Suécia pode surpreender, mas não acho que vai ganhar a Euro. Se o bom futebol prevalecer, que vença a Holanda!